Depois de Cecilia Roth (2016) e Soledad Villamil (2017) – ambas argentinas – a atriz Natalia Oreiro é a primeira mulher uruguaia a receber o Kikito de Cristal, criado há 12 anos para destacar os expoentes do cinema latino-americano.
A estrela do cinema e da televisão, que vive em Buenos Aires, chega a Gramado nesta manhã para cumprir intensa agenda na quarta-feira, que inclui dar início à fabricação do troféu artesanal que será entregue ao homenageado no ano que vem.
A atriz chega à fábrica Cristais de Gramado às 15h, para auxiliar na produção da cabeça do próximo Kikito, que é produzido em vidro com escamas de ouro. Às 15h30 haverá coletiva de imprensa e após a entrevista será servido coquetel aos presentes, em uma happy hour oferecida pelo restaurante Magnólia, de Canela.
Natalia Oreiro recebe o troféu no ano em que completa duas décadas de atuação no cinema. Sua estreia aconteceu em 1998, com “Um argentino em Nova Iorque” (1998), que bateu recordes de bilheteria.
Em 2012 e 2013, Oreiro foi protagonista das duas produções que a Academia das Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina selecionou para representar o país na briga pela indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “Infância Clandestina” e “Wakolda”, que teve caminhada exitosa em festivais internacionais, competindo inclusive no importante Prêmio Goya, da Espanha.
Recentemente entregou ao público aquela que é considerada sua obra mais importante até aqui, a cinebiografia “Gilda, não me arrependo deste amor”, que narra a trajetória da mítica cantora e compositora de cumbias, morta tragicamente em 1996. O longa foi considerado “o filme do ano” no país vizinho, em 2016, e ultrapassou a marca de um milhão de espectadores no cinema. Por seu desempenho na pele da biografada, Natalia Oreiro foi reconhecida pela crítica e pelo público, recebendo três troféus de melhor atuação.
A entrega do troféu à atriz ocorre no intervalo da sessão noturna no Palácio dos Festivais, quando também serão exibidos dois longas e dois curtas-metragens.