As expectativas e cenários possíveis até a retomada da confiança e da segurança pós-pandemia do novo coronavírus foram apresentados durante debate online promovido pela Biolchi Empresarial. Com mediação da advogada e sócia-diretora da empresa, Juliana Biolchi, a live trouxe uma pergunta como tema: “O que sobrevive após uma pandemia?”. Para falar do assunto, foram convidadas a jornalista especializada em reputação e sócia-diretora da Critério, Soraia Hanna, e a gerente médica do Hospital Moinhos de Vento, Gisele Nader Bastos.
As três profissionais referência em áreas distintas – direito, comunicação e saúde – fizeram uma análise de como empresas e organizações se prepararam com as primeiras notícias de que a Covid-19 se espalhava pelo mundo e sobre os aprendizados que cruzaram continentes nos últimos seis meses. “A gente está vivendo um momento de sobrevivência, principalmente para as empresas, e as que tiverem a capacidade de se adaptar mais rápido são as que melhor vão lidar com as mudanças e que irão sobreviver”, projetou Juliana. Para a advogada, a mesma regra vale para as pessoas. “Resiliência não é um talento, é uma habilidade que precisa ser desenvolvida para enfrentar esses tempos difíceis”, completou.
Cuidando de vidas
Gerente médica de um dos cinco hospitais de excelência segundo o Ministério da Saúde, Gisele deu um exemplo prático de adaptação. Ela explicou como o Hospital Moinhos de Vento fez o treinamento com simulação das equipes para receber os pacientes infectados pelo novo coronavírus, ainda em fevereiro, e já estabeleceu protocolos e fluxos diferenciados. A expertise é referência para UTIs Covid do SUS em diversas regiões. Pensando em como outros setores podem se adaptar, foi criada uma consultoria que ajuda empresas na implantação de medidas para reduzir riscos.
“A missão do hospital é cuidar de vidas. E a consultoria leva isso para outras áreas, para uma reabertura com segurança. Fazemos um diagnóstico, conhecemos a estrutura, avaliamos os recursos e indicamos o que precisa ser feito, desde adaptação de rotinas, instalação de dispensadores de álcool gel, tipos de EPIs, se alguém testar positivo quais as medidas a serem tomadas. Tudo respeitando particularidades de cada instituição. Porque a gente sabe que as realidades são distintas”, pontuou a epidemiologista.
Cooperação para vencer a crise
Soraia Hanna destacou a importância da cooperação para a reorganização de todos os setores da sociedade. “Nunca se viu tanta união e colaboração entre instituições, empresas e pessoas. É um momento em que cada um coloca o conhecimento e o que tem a oferecer para que a gente supere esse momento”, avaliou a jornalista.
Ela citou situações polêmicas envolvendo medidas tomadas por gestores públicos e o debate sobre a retomada da economia. “Assim como com a Covid-19, todos estão aprendendo em tempo real e é preciso abertura para aprimorar os processos e adequar as medidas. Todo mundo foi pego de surpresa e quer fazer o melhor. Mas é preciso diálogo e esclarecimento para buscar a convergência”, ponderou.
Fases e evolução da pandemia, práticas para abertura de espaços cotidianos, equilíbrio entre as regras impostas pelas autoridades públicas e decisões pessoais, trato com grupos de risco e dilemas que podemos superar também estiveram em pauta. Quem acompanhou a live foi provocado a refletir sobre mudanças de comportamento para o convívio em sociedade, como o uso de máscaras, evitar aglomerações e como é importante que as pessoas tenham bom senso e ética nas relações para não colocar outros em risco. Antes de encerrar, Juliana, Gisele e Soraia falaram ainda sobre enxergar as coisas positivas que vieram com a pandemia, como uma maior convivência com a família, dentro de casa, a regulamentação da telemedicina e investimentos na saúde e em pesquisa.
A transmissão ocorreu na página da Biolchi Empresarial no Facebook e está disponível no canal do YouTube da empresa.