O vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), participou nesta segunda-feira (1°) de uma reunião-almoço promovida pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul. No evento, que teve a presença de cerca de 150 empreendedores e lideranças regionais, Souza defendeu a desburocratização e o acesso irrestrito a crédito junto ao Governo Federal para os setores produtivos do estado.
O vice-governador afirmou que a queda do faturamento poderia ser usada como referência para simplificar o acesso a programas e créditos. “Não se pode usar como referência para concessão de linhas de crédito a mancha no território atingido diretamente pela enchente, critério que está sendo usado hoje. É preciso oferecer para o estado inteiro, até mesmo para as cidades em que as águas não chegaram, pois elas também estão sofrendo severamente com os impactos”, argumentou Souza.
Diagnóstico e soluções
Gabriel Souza também apresentou o diagnóstico que estima o impacto de R$ 55 bi a R$ 80 bi no Produto Interno Bruto (PIB) gaúcho em 2024 em função da catástrofe climática. Apenas o fechamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, pode gerrar um impacto de R$ 2,5 bi a R$ 3,2 bi no PIB do estado.
Para a questão logística, o vice-governador destacou os recentes investimentos do estado em aeroportos regionais anunciados pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Foram destinados R$ 14 milhões para o aeroporto de Caxias do Sul e R$ 9 milhões para o de Torres. Além disso, o relatório de uma consultoria sobre a ampliação para utilização destes equipamentos deverá ser entregue ainda nesta semana.
O presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, ressaltou pontos em comum da pauta de reivindicações dos empresários gaúchos, como o fortalecimento da infraestrutura. “Os aeroportos são essenciais para a sobrevivência da economia de diferentes setores, assim como a ampliação de medidas associadas aos impostos que desonerem o setor produtivo, o acesso e a oferta abundante de crédito, para que possamos restabelecer a economia gaúcha”, pontuou Loro.