Um grupo seleto entre empresas, autoridades, entidades de classe e imprensa prestigiaram nesta sexta-feira (27), o almoço que marcou o lançamento oficial da 46ᵃ edição do Prêmio Exportação RS, concedido por 18 instituições do estado. Mais de 150 pessoas foram recebidas na casa da exportação, e assistiram a uma palestra do economista Roberto Giannetti da Fonseca, que avaliou o cenário econômico pelo olhar do mercado exportador brasileiro e seu potencial de expansão.
Edmilson Milan, CEO do Prêmio Exportação RS, deu as boas-vidas e destacou a importância do evento e de quem dele participa. “É o trabalho das empresas vencedoras do Prêmio Exportação que motiva o Conselho a trabalhar ainda mais e reconhecer as empresas exportadoras. Se vocês estão hoje aqui nesse encontro tenham a certeza de que são referência em competitividade e inovação no mercado em que atuam e de alguma forma ajudaram na bela e próspera trajetória das exportações gaúchas”, afirmou Milan.
Roberto Giannetti da Fonseca trouxe uma ampla pauta de temas para o crescimento da economia como o Brasil pós-recessão. Segundo Giannetti, de todos os problemas que o país tem hoje, o principal é o desemprego, entre 12% e 13%. “Utilizar a capacidade ociosa da indústria, que hoje é de 30% a 40% e a mão de obra desocupada, deveria ser uma tarefa prioritária de qualquer um que venha governar o país a partir do ano que vem”, alertou.
A baixa taxa de investimento no país (15%) foi outro ponto abordado pelo economista. ”Estamos crescendo no gargalo da capacidade ociosa que nos dá um crescimento de 2% a 3%, mas se não houver investimento, ele não é sustentável”, afirmou.
A abertura comercial é outro tema econômico do momento, conforme Giannetti. “Precisamos aumentar o grau de abertura econômica. Não dúvidas quanto a isso. O conjunto somado de importação e exportação hoje é de 22% do PIB. A média dos países emergentes é 40%. Se dobrarmos nosso grau de abertura vamos chegar num padrão mundial”, disse.